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/ BRASILEIRO SÉRIE A
GAZETA ESPORTIVA
O
time mineiro não deu chances ao Peixe e venceu por 3 a 0
BELO HORIZONTE - Em uma grande partida de futebol no estádio do
Mineirão, a Raposa bateu o Santos por 3 a 0, com gols de Marcelo Moreno,
Ricardo Goulart e Julio Batista, e voltou à ponta, alcançando aos 33 pontos. Já
o Santos perdeu pela terceira vez seguida no Brasileirão e caiu mais uma
posição na tabela de classificação, chegando ao 10º lugar, com 20 pontos.
O duelo, válido pela 15ª rodada, marcou
o 100º jogo do técnico Marcelo Oliveira à frente do clube mineiro e com o
melhor retrospecto de um treinador na história cruzeirense. Ricardo Goulart, ao
marcar mais uma vez, agora soma 9 no campeonato e é o artilheiro isolado. O
Santos, apesar da boa atuação, principalmente de Robinho, que comandou o time
durante todo jogo, foi castigado por desperdiçar tantas oportunidades de gol. E
mesmo com o retorno do zagueiro Edu Dracena, o alvinegro praiano acabou levando
mais um gol de boa aérea, o quinto seguido.
Precisando reagir com urgência, o Peixe
recebe na próxima quarta-feira, na Vila Belmiro, o Atlético-PR em partida
marcada para as 19h30. Enquanto isso, o Cruzeiro visita o Grêmio, no Sul, na
quinta-feira, em jogo das 20h30.
Como já se esperava na véspera,
Cruzeiro e Santos mostraram desde o apito inicial que promoveriam um bom
espetáculo no Mineirão. E também como já se imaginava, a Raposa começou
partindo para cima, pressionando e buscando o gol, principalmente pelo fato de
ter perdido a liderança para o Internacional, que venceu sua partida um dia
antes.
Após rondar da área de Aranha por 18
minutos, a primeira boa chance veio depois da falha de Alan Santos na saída de
bola santista. Marcelo Moreno recebeu, fintou, mas bateu fraco. No lance
seguinte, Éverton Ribeiro abriu o placar, mas o gol foi corretamente anulado
pela arbitragem, já que meia acabou usando a mão para dominar a bola antes de
chutar para as redes. Apesar disso, não teve jeito. Aos 24 minutos o Santos
levou o quinto gol seguido de bola alçada em sua área. O mesmo Éverton Ribeiro
cruzou, Marcelo Moreno desviou de cabeça e Aranha acabou falhando ao tentar
encaixar a bola.
Mas o Santos mostrou personalidade,
mesmo com o Mineirão em êxtase, e partiu em busca do empate. Robinho assumiu a
responsabilidade, chamou a bola e criou as melhores chances do Peixe. Aos 28, o
camisa 7 deixou Cicinho em boas condições, mas o lateral errou ao tentar
cruzar. Aos 32, Robinho fez bela jogada pela esquerda e rolou para Lucas Lima,
mas Dedé salvou o time da casa ao travar o chute do meia alvinegro. Aos 38,
Damião, sozinho no meio da área cruzeirense, desviou chute cruzado e Mena, mas
a bola saiu pela linha de fundo. Um minuto depois veio a melhor chance do
Santos em meio a surpreendente pressão imposta pelo time de Oswaldo de
Oliveira, que fez o Cruzeiro recuar todos seus homens no campo de defesa.
Robinho arrancou pelo meio, tabelou com Damião e serviu Thiago Ribeiro, que
limpou Dedé e bateu tirando de Fábio, cruzado, buscando o ângulo, mas a bola
foi para fora, tirando tinta da trave.
Fim de primeiro tempo de um grande jogo
de futebol em que o Cruzeiro começou pressionando, mas viu o Santos dominar os
últimos 15 minutos e por pouco não chegar ao seu gol. Frenético
A etapa complementar seguiu com o mesmo
ritmo. A proposta de atacar imperava em ambos os times, mas, com o jogo aberto,
o Cruzeiro, em vantagem no placar, levava vantagem. Oswaldo foi obrigado a
sacar Bruno Uvini no intervalo. O zagueiro levou uma pancada no rosto e
precisou ser substituído por Nailson. A outra modificação foi tática. O técnico
do Peixe resolveu apostar na velocidade e tirou Leandro Damião do time para a
entrada de Rildo. O que Oswaldo não imaginava era levar um gol logo aos 2
minutos. E foi o que aconteceu. Ricardo Goulart recebeu no meio da área, livre
e fuzilou de pé esquerdo. Aranha não conseguiu fazer a defesa e o Cruzeiro
abriu 2 a 0.
Mais uma vez o Santos não se rendeu e
correu atrás do prejuízo. Teve uma boa chance com Rildo, aos 15, batendo de
primeira e assustando os torcedores no Mineirão, e depois Thiago Ribeiro
mostrou que realmente não vive uma boa fase. O camisa 11, que perdeu dois gols
inacreditáveis no meio de semana, contra o Londrina, teve uma oportunidade cara
a cara com Fábio, mas batei em cima do goleiro e desperdiçou a chance de
diminuir.
Aos 27, foi a vez do Cruzeiro lamentar,
já que o Willian também teve a chance cara a cara, mas acabou tirando demais e
batendo para fora. O jogo não parava e os contra-ataques aconteciam com
initerruptamente no bom gramado do Mineirão. O Santos chegava com perigo, era
mais incisivo, mas pecava nas finalizações. E o balde de água fria veio aos 42.
Thiago Ribeiro perdeu uma bola dominada e armou o contra-ataque mortal. Éverton
Ribeiro arrancou e serviu Julio Batista, que tirou de Edu Dracena e bateu sem
chances para Aranha. Final de jogo, 3 a 0 para o Cruzeiro e muita festa no
Mineirão.
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