ESPORTE / COPA AMERICA 2016 – ESTADOS UNIDOS
Sorteio favorece
seleção brasileira para torneio que será disputado em junho, nos Estados
unidos. Cerimônia começa campanha para que país receba Copa do Mundo
Por Alexandre
Lozetti, Nova York – EUA
O Brasil conheceu na noite deste domingo seus
adversários na Copa América Centenário, que será disputada em junho, nos
Estados Unidos. E saiu aliviado com os rivais mais fáceis. Cabeça de chave do
Grupo B, a Seleção vai estrear contra o Equador, no dia 4, no Rose Bowl, mesmo
estádio onde conquistou o tetracampeonato mundial em 1994, nos pênaltis, sobre
a Itália.
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Brasil, Equador, Haiti e Peru formam o Grupo B (Foto: Reprodução / Twitter) |
No dia 8, em Orlando, o adversário será o
Haiti. O Brasil fechará sua participação na primeira fase em Boston, no dia 12,
diante do Peru.
- A diferença desta Copa América é que vamos
pegar juntamente com as Eliminatórias. Em seguida, temos as Olimpíadas. É um
calendário bem pesado, vamos ter que conversar muito com os clubes para ver a
liberação dos jogadores. Alguns jogadores vão estar nas duas competições. Vamos
ter bastante trabalho - disse o técnico Dunga, da Seleção, ao SporTV.
Os cabeças de chave foram pré-determinados por
critérios estabelecidos pela Conmebol – cujo centenário é o motivo da
realização do torneio – e Concacaf, confederação que organiza em parceria. A
Argentina, de Messi, vai encabeçar o Grupo D e terá como rivais o Chile, o
Panamá e a Bolívia.
No Grupo A, os EUA, que terão o apoio da
torcida local, vão enfrentar Colômbia, Costa Rica e Paraguai. O México, do
ex-técnico do São Paulo, o colombiano Juan Carlos Osorio, também espera muitos
torcedores em todos os estádios, devido à grande população que reside nos
Estados Unidos. No Grupo C, a equipe vai jogar contra Uruguai, Jamaica e
Venezuela.
O sorteio foi realizado com pompas, no
Hammerstein Ballroom, tradicional sala de espetáculos na ilha de Manhattan, em
Nova York. Em frente ao local, poucos torcedores com bandeiras da Argentina,
dos Estados Unidos e do México se somaram a curiosos para verem a chegada dos
técnicos, e de ex-jogadores como o atacante Raúl, que encerrou a carreira no
Cosmos, local, além dos emblemáticos Valderrama (Colômbia), Jorge Campos
(México), Kempes (Argentina) e Alexi Lalas (EUA), que iniciou campanha para que
o país volte a receber a Copa do Mundo.
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Os craque estão à espera: Copa América Centenário começa no dia 3 de junho (Foto: Reprodução) |
A cerimônia
Antes das bolinhas serem sorteadas, um mestre
de cerimônias pediu que as pessoas dessem risada e ensaiou aplausos para que a
cerimônia ficasse bonita na transmissão norte-americana. Durante todo o final
de semana, o comitê organizador tentou emplacar a Copa América Centenário entre
a população de Nova York, com aparições na bolsa de valores Nasdaq, interações
com artistas nas redes sociais e um tour do troféu por locais estratégicos da
cidade.
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Valderrama foi uma das figuras do sorteio (Foto: EFE/Kena Betancur) |
Imagens da última Copa América, conquistada pelo
Chile, e uma apresentação do argentino Diego Torres com a sugestiva música
“Iguales” abriram a cerimônia. As apresentadoras, logo em seguida, trataram de
anunciar a presença de “grandes estrelas” durante duas semanas. O trio do
Barcelona, por exemplo, formado por Neymar (Brasil), Messi (Argentina) e Suárez
(Uruguai), deverá estar presente. Sem falar em jogadores como James Rodríguez
(Colômbia), Arturo Vidal e Alexis Sánchez (México), Chicharito Hernández
(México) e Paolo Guerrero (Peru), entre outros.
Dos 16 técnicos, apenas dois não compareceram.
Oscar Tabárez, do Uruguai, e o argentino Ricardo Gareca, ex-Palmeiras e atual
comandante do Peru.
Depois da insossa apresentação musical do
porto-riquenho Yandel e de um vídeo sobre os 10 estádios do evento (em Boston,
Chicago, Houston, Los Angeles, Nova York, Orlando, Philadelphia, Phoenix, San
Francisco e Seattle), os ex-jogadores foram chamados ao palco.
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Bandeiras dos 16 países participantes no palco (Foto: EFE/Kena Betancur) |
Discreta, mas emblemática, foi a declaração do
ex-zagueiro, o carismático Alexi Lalas. Pela primeira vez, falou-se abertamente
no desejo dos Estados Unidos, diretamente envolvidos na prisão de dirigentes
envolvidos em escândalos de corrupção na Fifa, de sediarem novamente a Copa do
Mundo.
– Temos grande história e cultura
futebolística, será o maior torneio masculino sediado aqui desde a Copa de 94.
Espero que seja só o início, e que a Copa do Mundo volte ao país em breve –
disse.
Kempes, Valderrama e Jorge Campos fizeram
discursos rápidos, e o sorteio foi explicado num clipe. Depois, as bolinhas
foram sorteadas sem nenhuma gafe.
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Dunga, segundo sentado à esquerda, entre os técnicos das seleções do torneio, com a taça (Foto: EFE/JASON SZENES) |
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