ESPORTE / MUNDIAL DE CLUBES DA FIFA 2015
Com
gol de Messi e dois de Suárez, time da Espanha fez 3 a 0 em Yokohama e faturou
terceiro título do Mundial de Clubes da FIFA
Contra os argentinos do River Plate, foi o uruguaio Luis
Suárez quem fez a diferença. Depois dos três gols diante da legião de
brasileiros do Guangzhou Evergrande, time chinês comandado por Felipão, o
camisa 9 ampliou o recorde ao marcar dois dos três gols na final deste domingo.
Além de Suárez, que foi às redes na etapa final, Messi também marcou após se
recuperar de problemas clínicos.
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Lionel Messi anotou o primeiro gol do título do Barcelona sobre o River Plate (Getty Images) |
Favorito na disputa com Neymar e
Cristiano Ronaldo pelo título de melhor do mundo deste ano, Lionel Messi voltou
ao time após extrair cálculos renais que o tiraram da semifinal da última
quinta-feira. Apesar da valentia e aplicação tática, os argentinos suportaram a
pressão do Barcelona por 35 minutos, tempo que Messi levou para abrir o placar
em lance polêmico.
Outro que não atuou contra os
chineses por ainda se recuperar de lesão muscular, Neymar atuou como titular e
deu assistência para o primeiro gol. No entanto, perdeu o protagonismo que
vinha conquistando no Campeonato Espanhol para o artilheiro Suárez, que
novamente roubou a cena para encaminhar o título ao Barcelona.
Quem também sentiu um gosto especial
ao comemorar essa conquista do Mundial, a terceira do Barcelona em seis anos,
foi o lateral direito Daniel Alves, cuja renovação na última temporada
inaugurou uma novela nos bastidores. Presente no tri conquistado no Japão, o
brasileiro faturou seu 30º título na carreira, igualando Pelé em número de conquistas
– 21 delas foram pelo Barcelona.
Gol duvidoso de Messi dá
vantagem ao Barcelona no primeiro tempo
O estádio de Yokohama, que já recebeu
até final de Copa do Mundo, em 2002, mais parecia um Monumental de Núñez. Mais
de 20 mil torcedores argentinos marcaram presença e, a partir da entrada dos
times em campo, não pararam de cantar para empurrar o River Plate.
Diante de tamanho incentivo, o atual
campeão da Libertadores não se escondeu, adiantou as linhas e pressionou o
Barcelona para recuperar a posse de bola. Mesmo assim, abusando da calma no
toque de bola, os catalães conseguiram criar oportunidades. A primeira, aos dez
minutos, foi desperdiçada por Messi, que retornava ao time após extrair
cálculos renais.
O passe milimétrico de Iniesta
encontrou Messi livre entre a zaga do River. Cara a cara com o gol, o atacante
escolheu o canto, mas parou em Barovero, que mostrou bom reflexo para evitar a
abertura do placar. Bem distribuído em campo, o River Plate conseguia manter o
Barcelona longe, em certa medida, da sua área, aproveitando eventuais
contra-ataques para desafogar a linha de defesa.
Aos 32 minutos, mais uma chance para Messi. O camisa 10
cobrou falta da intermediária e viu a bola passar perto da trave de Barovero.
Três minutos depois, em jogada que contou com cruzamento de Daniel Alves e
passe de Neymar, Messi ajeitou a bola entre três marcados, em lance que supõe
um toque no braço, e finalizou com precisão para balançar as redes.
Recordista, Suárez volta
a aparecer para garantir vitória e título aos catalães
Depois de já ir a campo com o time
modificado, com Viudez no lugar de Pisculichi, Gallardo voltou para a etapa
final com duas alterações. O experiente Lucho González entrou no lugar de
Ponzio, enquanto o atacante Martínez substituiu Mora também no intervalo. No
entanto, os homens de frente mal puderam contribuir antes de verem o Barcelona
ampliar o placar.
Aos quatro minutos, aproveitando a zaga aberta em virtude
do lance de ataque, o Barcelona saiu rápido. Ainda no campo de defesa, Busquets
descolou lançamento certeiro para Suárez, que dominou, avançou em direção a
área e concluiu com firmeza. A bola passou por baixo das pernas de Barovero e
encontrou as redes, deixando os catalães ainda mais perto do tri mundial.
Aos 23 minutos, Suárez marcaria seu
quinto gol em duas partidas, ampliando ainda mais o recorde. Em jogada do trio
de ataque, que ainda não tinha atuado junto neste Mundial, Messi abriu para
Neymar, que centrou com perfeição para Suárez. Na corrida, o uruguaio apareceu
por trás da zaga e desviou de cabeça no contrapé do goleiro deixando o placar
em 3 a 0.
Com o título já distante, o River Plate
passou a jogar mais solto dentro de campo. Como um franco-atirador, o time
argentino se lançou à frente e obrigou o goleiro Bravo a trabalhar em duas
oportunidades. Na primeira, de cabeça, o chileno defendeu no reflexo e, na
segunda, fez uma bela ponte para desviar a bola do caminho do gol. Durante os
minutos finais, os catalães trocaram passes para esperar o apito final.