ESPORTE / COPA AMÉRICA 2015
Rodrigo Calvozzo I @rodrigocalvozzo I
Santiago
Gol de Thiago Silva nos primeiros minutos
do duelo, trouxe a tranquilidade necessária para que Brasil se garantisse na
liderança
Brasil e Venezuela entraram no gramado do Estádio
Monumental sabendo que seus concorrentes diretos, Peru e Colômbia, não haviam
saido do 0-0. Portanto, para os brasileiros era tudo ou nada. Caso quisesse se
manter vivo na Copa América, o time de Dunga ou seria primeiro do Grupo C ou
então retornaria para casa.
Após a traumática eliminação na Copa do Mundo, tudo que a
atual geração de atletas do Brasil não queria era ter mais uma macar vexatória
em seu histórico. E pelo visto a pressão por saber dessa obrigação animou o
rival, que mesmo sem exercer uma forte pressão, iniciou o duelo de forma
respeitosa, mas sem se manter o tempo todo na defensiva.
Sob o olhar de Neymar, que acompanhou o jogo no estádio, o
time verde e amarelo não pareceu sentir tanta a ausência do camisa 10 e enfim
conseguiu alternar jogadas pelos flancos, já que não sentia a obrigação de
contar exclusivamente com o talento do seu capitão.
O JOGO
O Brasil sabia que fazer um gol no início facilitaria
muito o seu trabalho. Portanto, logo de cara tomou as rédeas das ações. Aos
seis minutos Robinho fez boa jogada e rolou para Coutinho, que não aproveitou a
chance ao chutar mal.
Porém, dois minutos depois, Thiago Silva, aproveitou
cobrança de escanteio e acertou o gol de Baroja, que não teve chance de defesa.
O revés fez com que os venezuelanos aumentássem o ímpeto pela busca do gol de
empate, ao som do tradicional "Si, se puede" (sim, é possível) vindo
das arquibancadas. O rival tentava se arriscar mais ao ataque, porém o melhor
que conseguiu foram alguns chutes de longa distância, sem perigo para
Jefferson.
Dessa forma o Brasil também pouco agrediu o adversário, e
se limitou a administrar a vantagem até o final do primeiro tempo.
No segundo tempo o respeito que ainda havia por parte dos
venezuelanos definitivamente se foi. A equipe Grená, sabendo que não havia
outra alternativa, partiu para cima e chegou a reanimar seus torcedores que
voltaram a cantar. Porém, o castigo veio da mesma forma que na primeira etapa.
Antes dos dez primeiros minutos do tempo final, Willian fez boa jogada pelo
lado esquerdo e cruzou para Fimíno, que sem marcação só empurrou para o gol e
ampliar a vantagem brasileira.
O segundo gol caiu como uma bomba na equipe de Noel
Sanvicente, que nitidamente reduziu a pressão e naquele instante paraceu não
acreditar ser mais possível reverter a situação complicada que ela se
encontrava.
O técnico Dunga então resolver fazer mudanças na equipe,
trocando Coutinho por Diego Tardelli e Roberto Firmino por David Luiz, que
passou a atuar na frente da zaga, oferecendo mais proteção aos cruzamentos que
surgiam como única alternativa ofensiva para o adversário.
Ainda que não sofresse uma ameaça real, Dunga apostou na
precaução e voltou a fazer uma alteração que privilegiou o sistema defensivo. O
técnico sacou Robinho para escalar o zagueiro Marquinhos em seu lugar.
A alteração fez com que o time perdesse velocidade e a
Venezuela acabasse se animando. Aos 38, após cobrança de falta, Nicolás Fedor
aproveitou o rebote de Jefferson e recolocou o time no jogo.
Pressionado pela torcida local, o Brasil precisou segurar
a força do rival, mas se mostrou capaz de lidar que este tipo de dificuldade.
Sendo assim, o time teve que aguardar o esperado apito final do árbitro
paraguaio, Enrique Cáceres, que decretou que a Seleção na primeira posição do
grupo.
Sendo assim a equipe Canarinho irá encarar o Paraguai, no
próximo sábado, em Concepcion. A expectativa agora fica por conta de saber se o
fantasma da ausência de Neymar foi definitivamente exorcizada.
BRASIL 2 X 1 VENEZUELA