Em reestreia, São Paulo vence a Ponte Preta com
marca de Muricy
GANSO
FEZ SUA MELHOR PARTIDA COM A CAMISA DO SÃO PAULO DESDE SUA CONTRATAÇÃO
A festa no Morumbi começou muito antes do apito inicial. O
grito mais esperado da torcida são-paulina começou por volta das 19h nos
arredores do estádio. Muricy Ramalho voltou ao São Paulo, e assim voltaram as
vitórias: 1 a 0 sobre a Ponte Preta, que alimenta a esperança de deixar a zona
de rebaixamento. Triunfo com a marca deixada pelo técnico entre 2006 e 2009:
três zagueiros, bola aérea e placar magro.
O São Paulo jogou bem como não jogava
há dois meses. Jogou bem como nunca jogou com Paulo Autuori em seu retorno. Não
vencer a Ponte Preta, que antes desta quinta-feira havia perdido as seis
últimas partidas no Brasileirão, seria desastroso. Mas Paulo Henrique Ganso,
assim como o São Paulo de Muricy, resolveu jogar como não jogava há muito mais
de dois meses. O meia foi o dono da partida, dono da assistência para o gol de
Luis Fabiano e maior responsável – ao lado do técnico – pela vitória.
Ganso foi o jogador de R$ 24 milhões,
comprado em setembro de 2012, esperado desde então e entregue nesta
quinta-feira.
A marca de Muricy apareceu na
escalação. O técnico treinou na última terça no esquema 4-2-3-1. Na quarta, fez
atividade com portões fechados. Na quinta, no Morumbi, reviveu o 3-5-2 que
deixou em 2009. O volante Rodrigo Caio atuou como zagueiro, aparecendo no meio
de campo em alguns momentos, mutação tática que durou apenas 20 minutos.
Os três zagueiro de Muricy deram a
solidez defensiva que o time não via desde o primeiro semestre. O primeiro
tempo foi todo do São Paulo. No segundo, houve vacilos do time mandante e
oportunidades não aproveitadas pelo visitante.
Outra boa surpresa individual do São
Paulo foi o lateral direito Mateus Caramelo, de 19 anos. O jogador que não teve
chances com Autuori foi titular na reestreia de Muricy, e impressionou. Todas
as jogadas da equipe durante o primeiro tempo passaram pelo pé do jovem, que
não teve nenhuma dificuldade para superar Uendel, da Ponte Preta, no combate
direto. As jogadas de bola aérea partiram do jovem.
Após o primeiro gol, o São Paulo teve a
queda de rendimento que se tornou habitual em 2013. Muricy mexeu no time para
evitar que a Ponte aumentasse o volume de jogo. Tirou Caramelo, inseriu Jadson,
desconstruiu os três zagueiros e passou a um esquema no 4-4-2, com um meio de
campo populoso. Paulo Miranda, zagueiro, foi à lateral direita. Jadson e
Caramelo são Souza e Ilsinho, alteração típica do São Paulo entre 2006 e 2007,
com similar mudança tática.
No fim, a Ponte Preta pressionou e
ficou perto do gol de empate. O volante Denilson, do São Paulo, foi expulso nos
acréscimos por falta no campo de ataque. A Ponte Preta, com sete derrotas
seguidas, consolida a péssima campanha e a dificuldade em deixar a zona de
rebaixamento. O São Paulo vai a 21 pontos, mantém a 18ª posição, mas diminui
para dois pontos a distância para o 16º, último antes da zona de rebaixamento.