ESPORTE / LIBERTADORES
O Olímpia é o primeiro time classificado para a final da
Libertadores 2013. Na noite desta terça-feira, a equipe paraguaia apostou na
defesa e contou com a falta de pontaria adversária, além de um pouco de sorte,
para segurar uma derrota por 1 a 0 contra o Independiente Santa Fe, no El
Campin, em Bogotá, e confirmar pela sétima vez em sua história vaga na decisão
do torneio continental.
Com o resultado, os paraguaios fizeram
valer a vantagem conquistada no primeiro confronto, quando venceram por 2 a 0
no Defensores Del Chaco, em Assunção. Vale lembrar que a última vez que o clube
esteve na fase decisiva foi em 2002, quando derrotou o São Caetano.
Agora, o Olimpia, tricampeão da
competição, aguarda o vencedor da outra semifinal, entre Atlético-MG e Newells Old
Boys, que acontece nesta quarta-feira, para saber quem será o adversário na
final da Libertadores. Os argentinos levam vantagem após terem vencido o jogo
de ida por 2 a 0. Para reverter a vantagem, o clube mineiro precisará ganhar
por, no mínimo, dois gols de diferença.
O primeiro tempo foi quase inteiro dominado pelos
colombianos, que souberam realizar tramas rápidas pelas alas. No entanto, a
falta de pontaria foi fatal para uma etapa inicial sem gols. Abusando dos
erros, o Santa Fe viu gols claros desperdiçados. O panorama caminhava para uma
repetição na etapa complementar. No entanto, Medina anotou um gol polêmico e
encheu os torcedores locais de esperança.
Precisando desesperadamente de um gol
no início da partida, o Santa Fe tentou pressionar desde o primeiro minuto, mas
se deparou com um Olimpia concentrado e que assustou logo na primeira chance.
Aos três, Prono se livrou da marcação na intermediária e chutou firme em
direção ao ângulo esquerdo, forçando Vargas a uma grande defesa de mão trocada.
Os planos dos donos da casa começaram a
ficar comprometidos aos seis minutos. O habilidoso meia Molina sentiu uma lesão
e obrigou o técnico Wilson Gutierrez a colocar Borja em campo e queimar uma
substituição.
A situação dos colombianos só melhorou
após os primeiros 15 minutos. Já menos afobado e coerente nas ações ofensivas,
o Santa Fe começou a pressionar o Olimpia e chegou com mais perigo ao ataque,
forçando os paraguaios a se postarem atrás da linha da intermediária. Em cerca
de cinco minutos, os mandantes assustaram com Valdés e Cuero.
A pressão colombiana continuou e o time
comandado por Gutierrez novamente chegou em condições de marcar. Após
cruzamento na área, Borja apareceu livre no segundo pau e tentou um peixinho
para o gol. No entanto, o atacante errou o tempo de bola e desperdiçou a boa
oportunidade. Outra grande chance veio aos 30. Em outro lance alçado na área,
Medina arriscou uma bicicleta e por muito pouco não abriu o placar.
Medina novamente viria a perder um gol
em seguida. Após contra-ataque rápido, a bola foi cruzada na área e lá estava o
camisa 11, que desperdiçou a chance quase na linha e livre de marcação.
A etapa final começou de forma quente e
com um lance polêmico. Cuero disparou para a linha de fundo e foi derrubado na
área. No entanto, o árbitro uruguaio Martín Vázquez mandou seguir o jogo e
deixou os donos da casa enfurecidos. A resposta do Olimpia veio aos sete
minutos. Aranda cobrou falta em direção ao ângulo esquerdo de Vargas e obrigou
o goleiro adversário a mais uma grande defesa na partida.
A “zica” de Medina e do Santa Fe acabou
aos 30, e de forma polêmica. Após confusão na área, Medina chutou firme, a bola
bateu no travessão e caiu na linha. O goleiro Martín Silva afastou, mas o
auxiliar confirmou o gol e deu esperanças aos mandantes.
Com a vantagem e cerca de 15 minutos
para tentar o segundo gol e forçar a prorrogação, o time colombiano se lançou
de forma desesperada ao ataque e quase foi premiado. Aos 39, Borja aproveitou o
cruzamento na área e chutou firme. A bola bateu na trave, em Martín Silva e não
entrou. Nos instantes finais, o Santa Fe provocou um verdadeiro bombardeio em
direção ao gol adversário, mas o Olimpia conseguiu se defender e garantiu vaga
na decisão.