ESPORTE
/ RECOPA SUL-AMERICANA
SÃO PAULO - A primeira batalha pelo título da Recopa Sul-americana foi
vencida pelo Corinthians. Um frango de Cássio no início do segundo tempo quase
apagou a importância do gol de Guerrero, mas um belo chute de Renato Augusto de
fora da área, encobrindo Rogério Ceni, definiu o triunfo alvinegro sobre o São
Paulo por 2 a 1, no Morumbi.
O segundo e definitivo
confronto será daqui a duas semanas, no Pacaembu, território corintiano. Como o
gol como visitante não é critério de desempate, o esquadrão tricolor precisa de
qualquer resultado com um gol de diferença para prorrogar a disputa - já para
ser declarado vencedor diretamente, depende de vantagem de dois gols no placar.
É bem provável que Danilo não
esteja em campo no dia 17. O meia corintiano machucou o joelho esquerdo e foi
substituído ainda no primeiro tempo desta quarta-feira por Douglas (que recebeu
forte entrada na panturrilha direita, na etapa final, e deu lugar a Renato
Augusto na etapa final). Danilo viu do vestiário, inclusive, o gol de Guerrero.
Um gol efusivamente comemorado
por ele, seus companheiros e os cerca de três mil corintianos presentes nas
arquibancadas do Morumbi. Embora a torcida alvinegra esteja vetada nos jogos de
torneios da Conmebol em que o time for visitante (em razão da morte do
boliviano Kevin Beltrán), o clube conseguiu liberação para este clássico
enquanto o recurso à pena não é julgado.
O Corinthians não abriu o
placar por acaso, foi mesmo melhor na primeira etapa. Bem mais entrosada –
enquanto o São Paulo de Ney Franco tinha a volta de Jadson depois de um mês, ao
lado de Ganso –, a formação treinada por Tite dominou o campo ofensivo e
obrigou atenção de Rogério Ceni em bolas aéreas. A equipe da casa só causou
algum susto em arremates longos mal feitos.
O gol de Guerrero teve origem
em uma rápida ligação da defesa ao ataque. Romarinho ganhou disputa com Juan,
disparou pela ponta direita e cruzou rasteiro para o meio da área. Emerson
tentou o desvio, mas foi travado. A bola então sobrou limpa para Guerrero bater
de perna direita e estufar a rede.
No intervalo, Ney Franco sacou
Douglas e Ganso, colocando Wellington e Aloísio. O terceiro atacante não
demorou a fazer jus à alteração. Na primeira bola recebida, com menos de um
minuto em campo, ajeitou e experimentou da intermediária. Cássio tentou agarrar
a bola, mas ela lhe escapou das mãos e entrou.
O empate graças à falha bisonha
do goleiro corintiano reanimou os são-paulinos, que haviam descido ao vestiário
sob pedidos de raça. Wellington encarnou a cobrança e iniciou áspera discussão
com Emerson ao ver o atacante simular uma falta. Ao mesmo tempo, Fábio Santos
batia boca com Rodrigo Caio porque queria a bola fora de campo para atendimento
médico a Douglas.
Enfim, o clássico tinha cara de
final. O São Paulo partiu para cima e quase virou o placar em cabeceio de
Aloísio. A resposta veio na sequência, quando Guilherme recebeu sozinho na
grande área, cabeceou e viu um leve desvio de Ceni mandar a bola à trave
esquerda.
Aos 30 minutos, Fábio Santos
acertou longo lançamento para Renato Augusto. Na intermediária, ele dominou a
bola no peito, viu Ceni adiantado e chutou de primeira. O goleiro esboçou
alguns passos para trás, mas já não dava mais tempo. Como também não daria
tempo para o São Paulo evitar a derrota nos minutos finais, apesar da entrada
de Lucas Evangelista, mais um homem ofensivo.
Do Vitória Sport / Com Informações do Imirante Esporte