FUTEBOL
/ RECOPA SUL-AMERICANA
SÃO PAULO - Corinthians e
São Paulo decidem a partir das 21h50 (de Brasília) desta quarta-feira a Recopa
Sul-americana. No tira-teima entre o último campeão da Copa Libertadores e o
vencedor da Copa Sul-americana, o Alvinegro joga por um empate, vantagem obtida
com um triunfo por 2 a 1 no Morumbi.
No Pacaembu, o Timão
tentará esquecer a má atuação na derrota para os reservas do Atlético-MG, no
último domingo. O resultado, que impediu a equipe de Tite de se aproximar dos
líderes do Campeonato Brasileiro, mostrou que jogar com o barulho da Fiel pode
não ser suficiente.
O último Majestoso no
estádio municipal também serve de lição. Na última partida antes do embarque
para o Japão, em dezembro do ano passado, o time que pintaria o mundo de preto
e branco duas semanas depois recebeu os reservas do Tricolor e foi derrotado
por 3 a 1.
“É claro que é importante
jogar do lado do nosso torcedor, mas temos de saber usar isso. Fizemos dois
bons jogos, ganhamos do São Paulo e do Bahia fora. Dentro de casa, acabamos
perdendo para o Atlético. Vamos ter de jogar com inteligência”, afirmou o
volante Ralf.
Inteligência é um quesito
no qual o Corinthians deverá melhorar com o retorno de Danilo. Ele e Emerson
estão recuperados de contusão e provavelmente serão escalados por Tite. Douglas
e Renato Augusto, que também estavam fora, serão opções para Tite no banco.
Assim, completo, o Timão
buscará o único título que lhe falta nos últimos quatro anos. Campeão do
Paulista, da Copa do Brasil, do Brasileiro, da Libertadores e do Mundial desde
2009, o clube do Parque São Jorge espera acrescentar a Recopa a um dos períodos
mais vitoriosos de sua história. Basta um empate.
Ao São Paulo, agora
comandado por Paulo Autuori, só a vitória interessa. Pode ser pela diferença
mínima, o que levaria a disputa à prorrogação, mas o objetivo é conseguir dois
gols de vantagem e conquistar o título no tempo regulamentar. O problema é que
o time se afundou em crise incomum para os últimos anos e já não vence há sete
jogos - oito, se levado em consideração amistoso contra o Flamengo.
A troca no comando
técnico, à primeira vista, ainda não surtiu muito efeito. O sucessor de Ney
Franco estreou no domingo, após três dias de trabalho, e viu a equipe ser
derrotada de virada para o Vitória, apresentando em Salvador a desatenção
tática de costume. O novo treinador então cobrou mais força mental a seus
jogadores e disse que, neste momento, a conversa é a principal saída para
reagir.
Preocupado com o
Campeonato Brasileiro, o capitão Rogério Ceni igualmente entende que os erros
não serão corrigidos de uma hora para outra, mas aposta na motivação do
clássico para voltar a vencer. "É completamente possível, são 90 minutos.
A gente já venceu o Corinthians algumas vezes no Pacaembu. Há um combustível
natural", falou o goleiro, que perdeu a Recopa de 2006 para o Boca Juniors
e atirou a medalha de prata à torcida.
Ceni é um dos poucos
titulares garantidos, pois Autuori escondeu a escalação, mantendo algumas
dúvidas criadas nos últimos dias. O lateral esquerdo Clemente Rodríguez foi
punido pela Conmebol com quatro jogos de suspensão - por expulsão quando ainda
estava no Boca Juniors - e aguarda resposta de pedido de efeito suspensivo.
Outros quatro jogadores lutavam contra dores (o lateral direito Douglas, o
zagueiro Rafael Toloi, o volante Denilson e o meia Jadson), mas já se
recuperaram.
O ataque - sempre com
dois homens, prometeu Autuori - deve ter Osvaldo e Luis Fabiano. O segundo,
artilheiro são-paulino no ano, não atuou na estreia do comandante porque havia
sido expulso na rodada anterior do Brasileiro, quando foi chamado de
"pipoqueiro" por parte da torcida. Dias antes, o camisa 9 havia dito
que essa fama só terminaria quando ele fosse decisivo para levantar um troféu
de destaque. Como andam gritando os são-paulinos, a próxima chance "é
quarta-feira".
Do Vitória Sport / Com Informações do Imirante Esporte